Concurso vai escolher arquitetos negros para criar intervenções urbanísticas para o Cais do Valongo

Publicado em 21/03/2025 - 10:00  |  Atualizado em 31/03/2025 - 15:38
Imagem do Cais do Valongo, na região Portuária do Rio de JaneiroRegião do Cais do Valongo na Pequena África: concurso vai escolher arquiteto negro para projeto no local. Foto: Marcelo Piu/ Prefeitura do Rio
Secretaria de Coordenação Governamental representou Prefeitura do Rio no lançamento do Concurso BNDES Pequena África, para valorizar a memória e a cultura afrodescendente

A Secretaria de Coordenação Governamental representou a Prefeitura do Rio no lançamento do Concurso BNDES Pequena África, realizado na última sexta-feira (21/03). O evento marcou o lançamento do edital voltado para arquitetos e urbanistas negros interessados em apresentar propostas de intervenções urbanísticas para a Pequena África, na Zona Portuária. O concurso, promovido pelo BNDES em parceria com o Consórcio Valongo Patrimônio Vivo, busca soluções inovadoras para fortalecer o território, promovendo melhorias urbanísticas e integração de marcos históricos e culturais.

No evento, o secretário de Coordenação Governamental, Edson Menezes, representou o prefeito Eduardo Paes e o vice-prefeito Eduardo Cavaliere, e reforçou a importância da iniciativa para a valorização do Cais do Valongo como um espaço de memória e transformação.

— Estamos felizes em participar e apoiar essa iniciativa para a elaboração de propostas criativas para a ocupação deste espaço. O Cais do Valongo é um símbolo fundamental da diáspora africana e da história do Rio. Seguimos com o compromisso de transformar a cidade em um lugar verdadeiramente antirracista, promovendo o desenvolvimento territorial e a inclusão da população negra —, afirmou o secretário.

O lançamento do concurso contou com a presença de autoridades como as ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, da Cultura, Margareth Menezes, e dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, além de parlamentares como a deputada federal Benedita da Silva, e representantes de instituições ligadas às políticas de valorização da cultura afro-brasileira.

Imagem do Cais do Valongo, na região Portuária do Rio de Janeiro
Região foi redescoberta em 2011, durante as obras do Porto Maravilha. Foto: Rafael Catarcione/ Prefeitura do Rio

Cidade vai ter também o Centro Cultural Rio-África

A Prefeitura do Rio já havia lançado iniciativa semelhante. Em outubro do ano passado, com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), a Prefeitura do Rio anunciou o projeto vencedor do concurso para o Centro Cultural Rio-África, que será construído próximo ao Cais do Valongo. A iniciativa recebeu 36 inscrições de profissionais de todo o país. O projeto vencedor é assinado pelo arquiteto Marcus Vinicius Damon Martins de Souza Rodrigues, do Estúdio Modulo de Arquitetura e Urbanismo, de São Paulo. O Centro Cultural Rio-África busca criar um espaço dedicado à ancestralidade afro-diaspórica, promovendo exposições, mostras e programas educativos que mostrem ao público a história e a cultura da região de forma sensível e crítica. Ao todo, os três primeiros colocados receberão R$ 105 mil, dos quais R$ 60 mil serão destinados ao primeiro lugar, que será contratado para o desenvolvimento completo do projeto.

Investimentos da prefeitura na Pequena África

Desde sua redescoberta, em 2011, durante as obras do Porto Maravilha, a região da Zona Portuária tem recebido investimentos públicos e privados, com apoio de organizações nacionais e internacionais. A revitalização da área – um legado dos Jogos Olímpicos de 2016 – tem promovido reencontros importantes: do Rio com seu Centro histórico, da região com o mar e dos cariocas com o orgulho de viver e ocupar esse território.

Em novembro de 2023, foram entregues as obras de revitalização do Cais do Valongo, incluindo novo guarda-corpo, iluminação cênica e exposição artística que narra a história do sítio arqueológico.

A revitalização do local e de seu entorno tem sido conduzida em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), e contou com apoio do BNDES e de empresas privadas. Essas ações fazem parte do compromisso da prefeitura com a preservação do patrimônio cultural de matriz africana, fortalecendo a Pequena África como um espaço de memória, identidade e resistência.

A Secretaria Municipal de Coordenação Governamental (SMCG) é o órgão da Prefeitura do Rio responsável pela coordenação do trabalho interdisciplinar em diversas áreas, nas quais os projetos envolvam mais de uma secretaria. Além disso, elabora, implementa e coordena projetos estratégicos do Município para fomentar a articulação entre os poderes locais e a sociedade civil. A SMCG integra a ação governamental aos interesses da comunidade e promove Políticas Públicas de Governo.

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